Aos 24 anos, Reggie Cannon diz que está a realizar a “melhor época da carreira”. O defesa sente-se “orgulhoso” pelo percurso no Boavista [82 jogos já realizados], mas não quer parar por aqui. Nem ele, nem a equipa. Depois do triunfo com o V. Guimarães, há uma nova batalha para vencer, agora em Vizela. “A última vitória devolveu-nos a confiança, mas não podemos parar. Queremos mais”, afirmou.
Triunfo no clássico
“Foi uma vitória importante, estávamos a precisar de um bom resultado. Antes do último jogo, a confiança da equipa estava um pouco em baixo, até porque já não vencíamos há alguns jogos, mas esta vitória devolveu-nos essa energia positiva. Houve sempre luta, entrega, esforço, mas nem sempre os resultados apareceram. Mostrámos neste último jogo que estamos preparados para as grandes batalhas e que estamos todos prontos para morrer uns pelos outros dentro do campo, algo que faz parte da identidade do Boavista. Foi uma vitória especial, mas, agora, não podemos parar. Queremos mais.”
Jogo com o Vizela
“Como disse, queremos mais. A equipa sente-se confiante para o próximo jogo, assim como no trabalho do treinador. Sempre tivemos a mentalidade certa. Nos treinos, todos queremos ganhar, mesmo nos exercícios e jogos que fazemos entre nós, e essa competitividade tem-nos feito crescer. Esta boa energia que se sente no grupo traz-nos ainda mais força para mantermos a mentalidade vencedora. Estamos com um espírito positivo e penso que temos todas as condições para voltar a fazer um grande jogo em Vizela.”
Momento da equipa
“A verdade é que todos sentimos que podíamos, e merecíamos, ter mais pontos, mas o futebol é mesmo assim. Agora estamos focados em fazer um grande final de época e subir o mais possível na classificação. Ainda sofremos pela forma como desperdiçamos alguns pontos no campeonato, até porque houve vários jogos em que fomos superiores e merecíamos bem mais, mas já não podemos fazer nada quanto a isso. Por isso, agora estamos focados e motivados para manter um bom nível exibicional e ganhar o máximo de jogos possível até ao final da época.”
82 jogos pelo Boavista
“Sinto que estou a fazer a melhor época da minha carreira. Tenho evoluído a cada dia que passa e todos esses jogos realizados pelo Boavista fizeram-me crescer. Aprendi muito desde que cheguei ao Bessa, continuo a aprender todos os dias, joguei em várias posições, em ambientes diferentes, e isso tem-me ajudado a ser cada vez melhor jogador. Talvez na próxima época possa ser um dos capitães deste grande clube. Este número significativo de jogos realizados pelo Boavista tem um grande significado para mim e sinto-me orgulhoso do percurso que tenho no clube.”
Seleção EUA
“Confesso que foi duro ter ficado de fora do Mundial. Honestamente, sinto que merecia ter lá estado, até pela grande época que estou a realizar. Na altura, falei com vários colegas e todos ficaram em choque com a minha ausência. Era a opinião de quase toda a gente que eu devia ter sido convocado, mas tenho de respeitar as decisões. Foi duro, como disse, mas sou uma pessoa forte e não deixei que isso me afetasse. Aos 24 anos, estou muito orgulhoso do que já conquistei na seleção [28 internacionalizações] e sinto que, se mantiver o nível atual, vou acabar por regressar. Estou pronto para voltar a ser chamado.”