Karate | O Percurso de Diogo Machado, Tradição, Disciplina e Paixão

O Boavista Futebol Clube tem no seu departamento de Karate uma das modalidades mais emblemáticas e consistentes do panorama desportivo preto e branco axadrezado. Entre os seus atletas destaca-se Diogo Machado, um dos praticantes mais antigos e dedicados, cuja ligação ao Clube começou ainda em criança e se tem fortalecido ao longo dos anos.

Mais do que um atleta, o Diogo representa a continuidade de uma tradição de excelência, dedicação e espírito Boavisteiro. O seu percurso é um exemplo claro de como o Karate ultrapassa os limites do tatami, tornando-se uma verdadeira escola de vida, onde o respeito, a superação e o autoconhecimento são princípios fundamentais.

Nesta entrevista, o Diogo partilha connosco as suas motivações, aprendizagens e reflexões sobre o seu percurso como atleta e treinador do Boavista FC, bem como a experiência marcante que viveu recentemente no Campeonato do Mundo de Karaté Shotokan, em Cádiz, onde alcançou o 9.º lugar na prova de Kata Individual Sénior, um resultado de enorme prestígio que honra o Clube e o país.

Com humildade, visão e paixão, o Diogo revela-nos a essência do verdadeiro karateca e o papel que o Boavista continua a desempenhar na formação de atletas e pessoas de excelência.

  1. O Diogo é um dos atletas mais antigos do Departamento de Karaté do Boavista Futebol Clube, como começou a sua ligação ao Clube e o que o mantém motivado até hoje?

Os meus pais queriam dar a mesma educação a mim e ao meu irmão mais velho, por isso quando puseram o meu irmão no Karate, naturalmente também me puseram a mim no Karate uns anos mais tarde. Eu lembro-me quando tinha 6/7 anos e ia com a minha mãe ao Boavista buscar o meu irmão ao Karate e perguntava sempre quando é que eu podia entrar no Karate. Naquela altura eu andava na natação e a minha mãe prometeu-me que quando tivesse 8 anos podia entrar no Karate. No dia que eu fiz 8 anos, saí da natação e inscrevi-me logo no Karate. Ainda me lembro perfeitamente do meu primeiro treino, como se fosse ontem, em que só estava eu, o meu irmão e um dos treinadores e eu só olhava e copiava o que o meu irmão fazia. Desde então passei por todo o tipo de fases (umas boas e outras não tão boas) e os meus objetivos também foram mudando naturalmente, mas uma coisa sempre se manteve – sempre tentei procurar ser a melhor versão de mim mesmo e isso é algo que nunca vai mudar. Neste momento não diria bem que o que me move é “motivação” ou “força de vontade” – o Karate ajudou-me tanto ao longo da minha vida, incluindo a passar pelos momentos mais difíceis da minha vida, que para mim é natural que continue a fazer parte da minha vida. Porque é que haveria de descartar algo que só me tem ajudado até agora e que fez de mim a pessoa que sou hoje?  

  1. Olhando para trás, quais são os momentos que mais o marcaram ao longo destes anos de prática e competição no Boavista?

Um dos momentos mais marcantes que eu me lembro foi quando tinha 20 anos e estava no meu terceiro ano da faculdade. É uma pequena história, mas prometo que vai fazer sentido no final e como está ligado ao Karate. Eu licenciei-me em Direito, um curso que na altura não podia bem dizer que tinha muita paixão ou que era o meu sonho, mas num certo dia estava a ter uma aula, em que, apesar de não estar a prestar muita atenção, houve uma parte em específico que me chamou a atenção. Estávamos a discutir sobre uma certa norma legal e o professor inquiriu-nos sobre a razão de ser da norma, desconstruindo e decifrando a norma na sua totalidade e mostrando como a sua interpretação podia variar dependendo das palavras usadas, da ordem dessas palavras, até do uso de vírgulas, etc. É impressionante como uma coisa pequena como uma vírgula pode mudar totalmente o sentido de uma frase. Foi neste momento que eu tive uma epifania: tudo aquilo que aquele professor estava a dizer era exatamente igual àquilo que eu ensino no Karate. O objeto podia ser diferente, mas o método de aprendizagem e de ensino era exatamente o mesmo. Ele até usava as mesmas expressões que eu. Porque é que são usadas certas técnicas e porquê dessa forma; como é que só mexendo muito ligeiramente uma pequena parte do corpo muda totalmente a eficácia da técnica – enfim, coisas que nunca nos iria passar pela cabeça. Foi então que eu percebi que apesar de todos nós nos formarmos em áreas diferentes (e até pode ser que tenhamos mais jeito em certas áreas do que noutras), os princípios são os mesmos. Desde então a minha vida facilitou-se imensamente, porque eu sabia que todos estes anos de prática no Karate me prepararam com as ferramentas necessárias para lidar com os desafios da vida, aplicando os princípios que aprendi e adaptando-os a qualquer situação.  

  1. O que significa para si representar um Clube com tanta história como o Boavista Futebol Clube, não apenas como atleta, mas agora também como treinador?

O Boavista no Karate sempre foi conhecido como um dos clubes com maior qualidade, evidenciado pelo facto de grande parte dos seus atletas serem reconhecidos por outros clubes pelo seu nível elevado. Já quando eu entrei havia bastantes nomes que ainda hoje servem de referência, tanto a mim, como a outros, dentro e fora do clube. Como treinador, é o meu dever não só manter, mas superar esse nível de qualidade, garantindo que novos nomes possam emergir e servir de referência a futuras gerações.  

  1. No passado mês de setembro, participou no Campeonato do Mundo de Karaté Shotokan, em Cádiz, onde alcançou o 9.º lugar na prova de Kata Individual Sénior. Como descreve essa experiência?

Foi uma enorme honra poder representar Portugal no maior Campeonato do nosso estilo de Karate, onde apenas os melhores atletas de cada país se reúnem para poder demonstrar todo o fruto do seu trabalho árduo. Sinto que, após todos estes anos de treino, chegou a altura de mostrar ao mundo tudo aquilo que eu aprendi e que agora ensino. Confesso, no entanto, que, apesar de ter conseguido o melhor resultado da equipa da seleção no meu escalão, fiquei um bocado frustrado por não ter chegado ao pódio. Mas isso faz parte de qualquer modalidade de competição, nem sempre as coisas correm como nós queremos. No entanto, eu não vejo isto como um evento único, mas sim como um novo capítulo que apenas agora começou, onde vão surgir muitas mais oportunidades para poder mostrar “o meu Karate”, representando o meu país e o meu clube.  

  1. Que desafios encontrou ao competir ao mais alto nível, num evento com os melhores atletas do mundo?

Por mais estranho que pareça, os desafios que enfrentei não eram em relação aos outros atletas, mas sim comigo mesmo. O nervosismo e a ansiedade que um atleta sente quando entra na área de competição nunca verdadeiramente desaparece, por mais experiente que seja. No entanto, com a experiência, uma pessoa consegue gradualmente reduzir essa sensação de ansiedade, exibindo e aproximando-se cada vez mais do nível que demonstra nos treinos. No meu caso, apesar de já ter muitos anos de experiência em competição em geral, a minha experiência em competições desta escala, onde as expetativas são as mais altas, apenas começou agora e, por isso, o corpo ainda muitas vezes não quer fazer aquilo que lhe dizemos nos momentos que importam, mesmo quando ainda há um minuto atrás conseguia fazer tudo perfeitamente.  

  1. Que aprendizagens trouxe dessa grande competição, tanto do ponto de vista técnico como emocional?

Do ponto de vista técnico há sempre coisas a melhorar e, por isso, eu faço questão de rever as gravações para ver que aspetos há a melhorar. Isto porque, maior parte das vezes, a imagem que nós temos na nossa cabeça enquanto estamos a competir nunca é igual àquilo que está realmente a acontecer. No meu caso, eu penso muitas vezes, enquanto estou a competir, que as coisas não me estão a sair nada bem e depois, quando vejo a gravação, vejo que afinal não estava assim tão mal como achava. Dito isto, ver-nos a nós mesmos através de gravações ajuda-nos imenso a detetar coisas que nunca iriamos detetar se não tivéssemos essa perspetiva de terceira pessoa. Do ponto de vista emocional, é só uma questão de conseguirmos ligar o “chip”, não nos deixando afetar pela presença dos outros, nem por sentimentos de dúvida ou incerteza. O treino já está feito, agora é só mostrar o resultado desse treino.  

  1. Houve algum momento específico durante o Campeonato do Mundo que tenha ficado gravado na memória?

Se tivesse de escolher um, seria o momento antes da minha prova, onde eu e todos os atletas do meu escalão estávamos a treinar na sala de aquecimento, em preparação para a prova. Para aqueles que já competiram (e de certeza que noutras modalidades também é assim), sabem que os momentos na sala de aquecimento servem muitas vezes para aferir o nível dos restantes competidores, onde muitos deles até usam essa oportunidade para “intimidar” a competição, antes da prova sequer começar. Eu lembro-me quando competia nos escalões de formação e olhava para os melhores do meu escalão e só pensava que nunca conseguiria ser tão bom como eles e que, se tivesse o azar de calhar contra eles, iria perder de certeza. No entanto, eu passei anos a treinar e a refinar o meu Karate desde então, ganhando cada vez mais confiança em mim próprio. Agora, tratando-se do Campeonato do Mundo, onde estão os melhores atletas de cada país, eu não sabia bem o que esperar, considerando que é a minha primeira participação neste Campeonato, enquanto outros atletas já participaram em bastantes, especialmente no meu escalão. Estamos então reunidos na sala de aquecimento, cada um a treinar por si as suas técnicas, até que, quando eu começo a fazer as minhas técnicas, noto que as estou a executar com uma potência estonteante, que até a mim surpreendeu, porque nem nos treinos fazia assim com tanta força e velocidade. Reparei então que agora era eu o alvo dos olhares de toda a gente. Antes era eu que olhava para os outros com admiração e até algum receio, mas agora eram essas mesmas pessoas que estavam a olhar para mim e a ver-me como referência. Agora o verdadeiro desafio é conseguir ter essa mesma potência durante a prova e não só na zona de aquecimento.  

  1.  Como é que consegue conciliar o treino de alto rendimento como atleta com as responsabilidades de treinador no Boavista?

Eu sou uma pessoa que não gosta muito de estar quieta enquanto vê os outros a fazer coisas e, por isso, o facto de ser também treinador não significa que não possa treinar com os meus alunos. Obviamente isto nem sempre é possível, porque dependendo de quem está a ter treino, pode ser precisa a minha atenção total, especialmente quando estão a aprender algo novo. No entanto, as turmas já incluem pessoas de vários níveis diferentes, muitas vezes variando de cinto branco a cinto azul. Por isso muitos dos exercícios que fazemos já estão adaptados a cada graduação, com variações que permitem que cada um possa evoluir ao seu ritmo, não havendo razão nenhuma pela qual o mesmo não se possa aplicar ao treinador. Quando me estava a preparar para o Campeonato do Mundo e apenas apareciam alunos da nossa equipa de competição, eu punha-os a fazer comigo o meu treino, de forma a não só eu me preparar para o Campeonato, mas eles também se prepararem para a sua época de competição.  

  1. De que forma o seu papel como treinador influencia a sua própria performance enquanto atleta e vice-versa?

Eu já sei que se admitir isto e algum dos meus alunos estiver a ler, eles vão-me esfregar isto na cara, mas eu aprendi muito mais com os meus alunos do que eles imaginam. Sem eles eu nunca teria chegado onde eu estou agora. Foi com eles que eu aprendi que há momentos em que é preciso pegar na mão de alguém e guiá-lo, mas que também há momentos em que é preciso ser firme e deixá-lo encontrar o próprio caminho. No entanto, diria que é perigoso crescerem sem experienciar pura competição, porque vão continuar a queixar-se, mesmo sem levar as coisas a sério. Quanto mais cedo conhecerem a frustração da derrota, maior será o seu crescimento. E eu revejo-me neles, por isso, quando eu ensino, não estou só a falar para eles, estou também a falar para mim mesmo, tanto para a pessoa que eu era no passado como a de agora, porque todas as dificuldades que eles estão a passar, também eu passei e ainda agora passo. Mas pelo menos agora tenho as ferramentas para lidar com essas dificuldades e quero passá-las aos meus alunos. De um modo geral, há apenas duas razões que levam alguém a querer ensinar: ou quer transmitir os seus sucessos, ou quer transmitir os seus fracassos. No meu caso, diria que é um pouco de ambos. E nos momentos mais difíceis eu lembro-me das palavras que transmiti aos meus alunos e repito-as a mim mesmo (um pouco como se parte de mim fosse o aluno e a outra parte o treinador). Essa é precisamente a razão pela qual eu me tornei treinador para despertar o potencial e dar aos meus alunos a oportunidade de terem sucesso, aprendendo, ao mesmo tempo, muito mais sobre mim mesmo e seguindo os meus próprios ensinamentos nos momentos mais difíceis.  

  1. Que valores procura transmitir aos seus alunos e à nova geração de karatecas do nosso Clube?

Eu procuro sempre transmitir aquilo que aprendi na minha experiência de vida. Não estou aqui para tentar convencer ninguém em como devem pensar, nem que a maneira como pensam está errada e a minha é que está certa. Apenas estou aqui para partilhar a minha experiência e as conclusões a que eu cheguei. Umas vezes pode ser que concordem, outras vezes pode ser que encontrem uma resposta diferente da minha. É assim que as pessoas crescem e se tornam independentes. Uma das coisas que aprendi e tento transmitir, é que o mundo está sempre cheio de injustiças e se têm tempo para desistir ou guardar rancor por causa delas, então usem esse tempo para se divertir a lutar contra essas injustiças, tal como iriam contra um adversário difícil. Nem sempre é preciso enfrentar tudo de frente como heróis trágicos. Às vezes podem recuar, observar e antecipar, mudar de estratégia. Se não for contra as regras, até podem tentar um ataque surpresa. E claro, pensar fora da caixa e usar métodos menos convencionais. Tudo isto já aprenderam no Karate, agora é só aplicar. O importante é nunca perder a determinação e, com repetidas tentativas e erros, acabarão por alcançar grandes resultados, porque, como sabem, a diferença entre o principiante e o mestre é que o mestre já falhou muitas mais vezes do que o principiante sequer tentou.  

  1.  Depois desta participação no Mundial, como avalia o seu atual momento de forma e motivação?

Sinto que estou no caminho certo e que o método de treino me preparou bem para este próximo capítulo. Não sinto que o pódio no Campeonato Mundial ou Europeu seja um objetivo muito distante, nem vejo os restantes atletas como se estivessem num patamar acima, como era o caso antigamente. Muito pelo contrário, acho que tenho boas hipóteses de conseguir chegar ao pódio, agora é só uma questão de me habituar a este novo ambiente para que consiga plenamente mostrar as minhas capacidades.  

  1. Quais são os próximos objetivos, tanto a nível pessoal, como enquanto treinador e representante do Boavista Futebol Clube?

O meu objetivo geral, tanto a nível pessoal, como enquanto treinador, continua a ser o mesmo e passa por tentar ser a melhor versão de mim mesmo. E isso aplica-se tanto quando eu treino, como quando eu ensino. Este processo de auto-aperfeiçoamento é algo que tenciono fazer a minha vida inteira, onde quer que a vida me leve. Para mim, não há pior sensação do que quando alguém acha que já sabe tudo e que não tem mais nada a aprender. O momento em que uma pessoa deixa de evoluir é o momento em que uma pessoa deixa de poder viver totalmente. Quanto a objetivos mais específicos, a nível pessoal, vou estar de olho nos próximos Campeonatos Mundiais e Europeus e, enquanto treinador, vou continuar a guiar os meus alunos e a espalhar o Karate não só aqui, mas possivelmente, no futuro, pelo mundo também.  

  1. Que mensagem gostaria de deixar aos jovens atletas que olham para o karaté como um caminho de crescimento e superação?

Eu já tive todo o tipo de alunos, uns com talento extremo e outros não tanto. Seria de esperar que aqueles com talento ficariam e os outros acabariam por desistir, mas, na realidade, maior parte das vezes é o contrário que é verdade. Isto porque, os que não têm tanto talento sabem o que é perder e quanto mais cedo eles aprendem essa dor, mais rapidamente eles crescem e desenvolvem persistência. Muitas vezes, as pessoas com talento são novatas e ainda não aprenderam a ser dignas desse talento, recusando-se a enfrentar qualquer desafio senão nos seus próprios termos, não percebendo o verdadeiro valor da competição. Para alguém a quem tudo vem facilmente, a dor da derrota pode ser um necessário choque de realidade. No fundo não se trata de ganhar ou perder, mas de estar à altura do desafio. É sobre sentir a emoção da vitória e também a frustração da derrota. Estão sempre juntas, uma não existe sem a outra, porque para ganhar, é preciso perder. Quando realmente perceberem isto, vão perceber que a competição não se trata de outra pessoa. Algumas vezes acreditamos que não conseguimos fazer as coisas bem a não ser que estejamos a competir com outra pessoa; que, a menos que alguém esteja a correr ao nosso lado, não conseguimos correr ao máximo das nossas capacidades. Esse é o caso das pessoas que têm a mente focada apenas no exterior. Mas no fundo, quer compitam, quer não, explorar o vosso potencial ao máximo é a única coisa que verdadeiramente importa. Reflitam bem sobre os princípios que aprenderam e pensem em como podem aplicar esses princípios no vosso dia-a-dia. Não deixem que um fracasso apague o valor das competências que tanto se esforçaram para cultivar. Um karateca que tenha aprendido connosco deveria saber usar todas as armas que tem à sua disposição, em qualquer situação. Isso é o que distingue um mestre de um simples amador.  

  1. Agora olhando mais à frente, como imagina o futuro do karaté no Boavista e o seu papel nessa evolução?

O Karaté no Boavista já provou vezes sem conta a sua qualidade, tanto em demonstrações, como em competições, exames de graduação, etc. É um Clube que, quando lhe é dada a oportunidade, tem todas as qualidades para ter sucesso. O problema é que essas passam por vezes despercebidas, as pessoas não têm sequer a oportunidade de poder presenciar isso, seja pela falta de visibilidade das instalações ou pela falta de oportunidades para poder mostrar ao mundo fora do nosso dojo o que nós fazemos. Sinto que a verdadeira essência do Karate se perdeu e, por isso, o meu papel é trazê-la de volta, começando aqui no Boavista com os meus alunos. E aquilo que eu espero é que eles me venham a ultrapassar um dia, porque quando isso acontecer, eu sei que fiz o meu trabalho. É o desafio que eu lhes lanço. No entanto, se eles acham que eu vou ficar parado à espera que eles me ultrapassem, estão muito enganados. Eu continuo sempre a aprender, porque senão como é que eu poderia ensinar a alguém se eu não crescesse e aprendesse todos os dias? Eu digo sempre que o Karate é educação e o treinador de Karate também cresce cada vez que ensina. 

Parabéns Diogo Machado

Vamos Boavista Futebol Clube 

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