O Presidente do Boavista Futebol Clube, em seu nome pessoal e em representação de todos os Boavisteiros, não pode deixar de se pronunciar relativamente à decisão que foi proferida pelo tribunal relativamente à barbaridade cometida ao nosso associado João Freitas.
Não temos a pretensão de tecer comentários jurídicos ou morais no que respeita à sentença proferida, até porque percebemos que o julgador está limitado à prova produzida e ao estribo da lei.
Compreendemos que muitas das vezes – tal como no caso em concreto – o julgador está plenamente convicto de que há uma vítima (neste caso mais do que uma porque o JOTA tem família que ficou severamente prejudicada com o sucedido), e que foram cometidos os crimes pelos quais os agentes da autoridade vinham acusados, mas que mesmo assim, não puderam os mesmos ser condenados.
Na verdade, neste caso, o silêncio dos arguidos serviu para os beneficiar. A lei permite que o silêncio dos mesmos, em sede de julgamento, não os pode prejudicar. Na realidade, o silêncio dos acusados beneficiou o agressor ou agressores e prejudicou (mais uma vez) o JOTA e todos aqueles que sempre acharam que a polícia – na sua lata definição – serve para defender o cidadão e que neste momento claramente perceberam que num jogo de futebol, bem como quando se cruzarem com algum deles, devem temer uma qualquer agressão que poderá ficar impune. Por isso mesmo, conscientemente, apenas, hoje, tomamos esta posição de apoio, após um jogo de “alto risco” que se realizou no Estádio do Bessa, para que todos os Boavisteiros o pudessem assistir em total segurança.
Esperamos para ver o que toda a cúpula da justiça terá a dizer sobre este tema, a começar pelo presidente do sindicato da polícia, arguido também no processo. Se não decidir, mais uma vez, remeter-se ao silêncio como fez quando estava a ser julgado.
O SILÊNCIO dos agentes da autoridade serviu para branquear um crime, e eles tinham no mínimo a obrigação de ajudar a descobrir quem cometeu tal barbaridade.
O processo não transitou em julgado e esperemos que ainda se faça justiça.
Um Abraço JOTA