

A equipa Sub-19 feminina do Boavista Futebol Clube continua a destacar-se na II Divisão do Campeonato Nacional, série D, garantindo a qualificação para a fase seguinte quando ainda faltavam duas jornadas por disputar. Com um percurso marcado por consistência, intensidade e clareza de processos, o grupo soma 6 vitórias em 7 jogos, 32 golos marcados e apenas 7 sofridos.
Entre triunfos expressivos, como o 10-2 frente ao FC Parada e o 7-1 diante do Ermesinde 1936, a equipa mostrou não só talento, mas também compromisso competitivo. O único desaire, uma derrota mínima frente ao Aldeia Nova, serviu apenas para reforçar o foco e a ambição. A goleadora Lara Lopes segue como figura de destaque, somando 15 golos e assumindo um papel determinante na caminhada axadrezada. O objetivo principal está alcançado, agora o Boavista segue forte, confiante e com argumentos para continuar a surpreender.


A nossa Capitã Magui como líder da equipa, destaca o papel de cada jogadora na qualificação antecipada e a importância da união, espírito coletivo e liderança dentro e fora de campo. A nossa Pantera explica ainda como motiva o grupo e as ambições para a próxima fase da competição.
Como descreves o papel da equipa ao alcançar a qualificação antecipada e o que mais te orgulha neste grupo?
A qualificação antecipada é mérito de todas. Cada jogadora contribuiu com empenho e espírito de sacrifício. O que mais me orgulha é a união e a forma como colocamos sempre a equipa em primeiro lugar.
Que mensagem tens transmitido às tuas colegas para manterem a confiança e a determinação nesta fase tão positiva da época?
Eu digo-lhes para continuarmos fiéis ao nosso trabalho, com foco, humildade e ambição. Esta fase positiva é resultado do que fazemos todos os dias, por isso é só manter o caminho.
De que forma sentes que a união e o espírito de grupo têm contribuído para o vosso sucesso dentro e fora de campo?
A nossa união faz a diferença. Dentro de campo ajuda-nos a reagir melhor aos desafios, e fora de campo cria um ambiente onde todas se sentem seguras e motivadas.
Como lideras a equipa nos momentos mais desafiantes, garantindo que todas se mantêm focadas e motivadas?
Diariamente eu procuro dar o exemplo, transmitir calma e manter o foco no que controlamos, tentando sempre apoiar cada colega para que todas se sintam confiantes e motivadas.
Quais são as ambições da equipa para a próxima fase e o que acreditas que podem alcançar juntas?
Queremos continuar a crescer e competir ao mais alto nível. Acreditamos que, juntas e com esta mentalidade, podemos chegar ainda mais longe.


A Lara Lopes tem sido a principal referência ofensiva da equipa Sub-19 do Boavista Futebol Clube, com 15 golos marcados até ao momento. Nesta entrevista, fala sobre o seu impacto na equipa, a sua preparação e motivação, a união do grupo e os objetivos pessoais e coletivos para a próxima fase da competição.
Como sentes ao saber que os teus 15 golos tiveram um impacto tão importante no percurso vitorioso da equipa nesta fase do campeonato?
Eu pessoalmente sinto um orgulho enorme. Cada golo que marco, é resultado do trabalho de toda a equipa, e saber que pude contribuir para este percurso deixa-me ainda mais motivada.
Qual consideras ser a principal qualidade que tem ajudado a destacar-te como goleadora esta época?
Tenho trabalhado muito na finalização, a leitura do jogo e também algumas fintas. No fim tudo isto é um produto que tem feito a diferença.
O que te inspira quando entras em campo e marcas a diferença jogo após jogo?
Quando entro em campo a saber que é possível ganhar dou tudo de mim, seja com golos ou assistências, mas também penso muito no apoio que a minha família e as pessoas que sempre acreditaram em mim me dão.
Como descreves a confiança e a união dentro da equipa, que têm contribuído para o vosso excelente desempenho?
A nossa união é muito boa, apoiamo-nos umas às outras e sem dúvida isso torna tudo mais fácil.
Que objetivos pessoais e coletivos te motivam para continuar este nível alto na próxima fase da competição?
Os meus objetivos pessoais é evoluir dia após dia. Os objetivos coletivos é subir de divisão com os melhores resultados possíveis.


O treinador Paulo Miami explica a evolução da equipa Sub-19 nesta primeira fase, abordando a solidez tática, a coesão, o trabalho técnico, o desenvolvimento das jogadoras e as metas para a próxima etapa da competição.
Como avalia o desempenho da equipa nesta primeira fase, especialmente tendo garantido o apuramento a duas jornadas do fim?
A equipa apresentou um desempenho sólido e consistente nesta primeira fase, conseguindo garantir o apuramento com antecedência, o que reflete eficiência e capacidade de manter um nível elevado ao longo da competição. Tendo demonstrado uma boa coesão e organização, tanto a nível tático como coletivo, enfrentando diferentes adversários com eficácia. Apesar do sucesso, ainda há aspetos a melhorar, como a gestão de situações de pressão e a consistência em determinados momentos dos jogos, que podem ser trabalhados antes da próxima fase. No geral, o balanço é muito positivo, com a equipa a cumprir o objetivo e a criar uma base forte para os desafios seguintes.
Quais são as principais ações de trabalho que permitiram alcançar uma equipa tão equilibrada, eficaz no ataque e sólida na defesa?
As principais ações de trabalho focaram-se num planeamento em vários aspetos tais como, o tático: princípios de jogo claros, equilíbrio entre ataque e defesa, e flexibilidade para ajustar esquemas conforme o adversário. Muito treino técnico: domínio de passes, controlo de bola, finalização e jogadas combinadas para ser eficaz ofensivamente. Defesa sólida: marcação, cobertura, antecipação e transição rápida para manter a equipa compacta e confiável. Coesão e comunicação: conhecer os movimentos das colegas, manter disciplina e responsabilidade coletiva. Importante a preparação física e mental: resistência, intensidade, foco e capacidade de decisão sob pressão. Terminando na análise e feedback: estudar os adversários, rever jogos e ajustar continuamente erros e acertos.
O que considera mais importante no desenvolvimento individual e coletivo das jogadoras ao longo desta época?
O mais importante no desenvolvimento das jogadoras ao longo da época é que evoluam tecnicamente e na tomada de decisão, compreendam cada vez melhor o modelo de jogo, ganhem consistência física e maturidade mental, e que a equipa cresça em coesão, comunicação e identidade coletiva dentro de campo.
Como descreve a evolução tática e emocional da equipa desde o início da competição?
A equipa evoluiu de forma gradual: taticamente, começou com uma base menos sólida, foi ajustando o modelo de jogo às exigências dos adversários e ganhou maior organização e fluidez. Emocionalmente, passou da ansiedade inicial para uma crescente confiança, terminando mais unida, madura e capaz de responder melhor à pressão.
Quais são as expectativas e objetivos para a próxima fase, e de que forma acredita que a equipa pode continuar a crescer?
As expectativas e objetivos para a próxima fase devem focar-se em metas claras, maior eficiência e desenvolvimento de competências. A equipa pode continuar a crescer através de melhor comunicação, maior autonomia, aprendizagem contínua e sempre mantendo uma cultura colaborativa e positiva.


A Margarida Seabra revela o trabalho diário que garante o bom funcionamento da equipa Sub-19, os desafios logísticos e organizativos e a forma como acompanha e apoia as jogadoras, destacando a importância da gestão mental e da profissionalização do grupo.
Como descreve o trabalho diário de gestão que tem contribuído para o bom funcionamento e estabilidade da equipa ao longo da época?
O planeamento e coordenação são constantes diárias. A Comunicação clara e contínua, aliada ao suporte individual e coletivo.
Quais têm sido os maiores desafios logísticos e organizativos e como a equipa técnica e as jogadoras têm ajudado a superá-los?
A gestão de horários e compatibilização com a vida escolar, deslocações e logística de jogos fora, gestão de equipamentos e recursos, alterações de calendário, são alguns dos desafios diários na nossa equipa. No fundo, estes desafios tornam-se mais fáceis de ultrapassar graças a uma equipa técnica que organiza, orienta e dá o exemplo, e a um grupo de jogadoras disciplinado, colaborativo e comprometido com o sucesso coletivo.
De que forma garante que as jogadoras dispõem de tudo o que precisam para se sentirem preparadas e confiantes em cada jogo?
A nossa preparação logística é completa e antecipada, promovemos rotinas claras e consistentes, uma comunicação individual cuidadosa e uma especial atenção às necessidades específicas para termos um ambiente emocional positivo.
Qual considera ser o impacto de uma boa gestão mental no desempenho desportivo da equipa?
Uma boa gestão mental tem um impacto profundo e visível no desempenho desportivo de uma equipa Sub-19, especialmente numa fase em que as jogadoras ainda estão a desenvolver identidade competitiva, autoconfiança e ferramentas emocionais.
Que aspetos da evolução e profissionalização da equipa mais a orgulham enquanto Team Manager?
Enquanto Team Manager, os aspetos que mais podem gerar orgulho na evolução e profissionalização de uma equipa Sub-19 passam por transformações que vão muito além dos resultados. No fundo, o que mais orgulha é ver que cada detalhe do trabalho diário contribuiu para transformar um grupo de jovens atletas numa equipa cada vez mais madura, confiante e profissional.


A diretora Alfredina Silva destaca o impacto da equipa Sub-19 do Boavista FC no futebol feminino nacional, enfatizando a maturidade, organização, evolução e potencial das jogadoras, bem como o trabalho coletivo da equipa técnica e staff.
Como descreve o impacto que esta equipa Sub-19 está a ter no panorama do futebol feminino e o que mais a impressiona no seu percurso até agora?
A nossa equipa Sub-19 está a ter um impacto muito positivo no futebol feminino. Não apenas pelos resultados, mas sobretudo pela forma madura, organizada e ambiciosa com que se apresenta em cada jogo. O que mais me impressiona é a evolução constante destas jogadoras: chegam todos os dias com vontade de aprender, de trabalhar e de honrar o emblema que representam. Esse compromisso reflete-se dentro de campo e mostra a qualidade do projeto técnico e humano que temos vindo a construir. De salientar que muitas destas jogadoras estão no Clube desde os escalões de Sub-11 e Sub-13.
Enquanto figura de referência no futebol feminino, o que sente ao ver jovens jogadoras a demonstrarem tanta maturidade, entrega e qualidade dentro de campo?
É um enorme orgulho. Ver estas jovens atletas demonstrarem tanta responsabilidade, dedicação e inteligência competitiva é emocionante. Elas são o reflexo do trabalho conjunto da equipa técnica, que lhes dá ferramentas para crescer, e do staff que as acompanha diariamente, mas acima de tudo, são o reflexo do carácter delas: jogadoras que entendem o que é ser Boavista, que dão tudo pelo grupo e que jogam com uma maturidade muito acima da idade que têm.
De que forma acredita que esta equipa pode contribuir para o futuro do futebol feminino preto e branco axadrezado, tanto em termos de talento como de mentalidade competitiva?
Acredito plenamente que esta geração será determinante para o futuro do futebol feminino do Boavista Futebol Clube. Temos talento, temos inteligência e temos uma mentalidade forte e isso não surge por acaso, resulta sim de muito trabalho técnico, muita exigência e de uma cultura interna que valoriza o rigor, o compromisso e o respeito pelo clube. Acrescento que muitas destas jogadoras, têm potencial para chegar ao escalão sénior e assumir papéis importantes, levando consigo esta identidade competitiva que estão a construir agora.
O que mais a emociona ou inspira ao acompanhar o desenvolvimento destas atletas, quando constata a forma como representam o nosso clube e a modalidade?
O que mais me emociona é ver a forma como elas crescem não apenas como jogadoras, mas como pessoas. Ver a alegria com que treinam, o espírito de entreajuda, o respeito umas pelas outras e o orgulho com que vestem esta camisola é profundamente inspirador. Representam o nosso Boavista com dignidade, com paixão e com uma responsabilidade que enche qualquer profissional de orgulho. Estas nossas meninas, são exemplo para outras jovens e provam que o futuro do futebol feminino está em excelentes mãos.
Como avalia o trabalho coletivo entre jogadoras, equipa técnica e staff e também que potencial vê neste grupo para as próximas fases da competição?
O trabalho coletivo é, sem dúvida, a maior força desta equipa. A preparação é cuidada, o ambiente é saudável e competitivo, e existe uma enorme união. Acredito profundamente que este grupo tem capacidade para continuar a surpreender e conquistar objetivos ambiciosos, sempre com humildade e com a identidade preta e branca axadrezada que nos caracteriza.


O percurso das Sub-19 do Boavista Futebol Clube, é muito mais do que números, golos ou vitórias expressivas, é a prova que quando o talento, a disciplina e o espírito de equipa se encontram, nasce sempre algo maior do que o próprio jogo e neste caso em especifico, vê-se e sente-se uma identidade.
Esta primeira fase mostra que o trabalho diário compensa, que cada detalhe, desde um passe treinado à logística necessária para se efetuar um jogo na qualidade de visitante, constrói o caminho para o sucesso.
Agora inicia-se uma nova etapa que será certamente mais exigente, mais desafiadora, mas também mais reveladora.
A toda a equipa, jogadoras, equipa técnica e staff, fica a certeza de que o Boavista Futebol Clube está bem representado.
Continuem a acreditar, a crescer e a honrar estas nossas cores com a mesma paixão e garra que vos trouxe até aqui.
O que já fizeram é motivo de orgulho.
O que ainda vão fazer… será história.
Vamos, Boavista Futebol Clube!






