Ginástica | Uma História de Superação, Liderança e Formação

Eduardo Queiroz, coordenador técnico da Ginástica no Boavista Futebol Clube

No âmbito desta entrevista, damos a conhecer o percurso e a visão de Eduardo Queiroz, coordenador técnico da ginástica no Boavista Futebol Clube, uma das figuras chave na reconstrução e desenvolvimento da modalidade dentro do clube.

Nesta conversa, ficamos a conhecer melhor a sua ligação ao clube, as dificuldades superadas, a evolução da modalidade no Boavista, bem como os princípios e valores que orientam o seu trabalho. São abordados temas como a formação de atletas, a gestão de expectativas, a importância da estrutura e as ambições futuras para o departamento de ginástica, sempre com o espírito bairrista e combativo que tão bem caracteriza o ADN Boavisteiro.

Esta é, sobretudo, uma partilha honesta e inspiradora de quem vive a modalidade com entrega total, procurando diariamente criar as melhores condições para que a ginástica continue a ser, no Boavista, um espaço de crescimento, superação e orgulho.

 

  1. Como começou o seu percurso na ginástica e de que forma surgiu a ligação ao Boavista Futebol Clube?

Foi convidado pela diretora das modalidades para trabalhar com as classes de Playgym (Ginástica Artística não competitiva), num dos momentos mais conturbados da modalidade de Ginástica. Tinham perdido o seu ginásio, todos os seus treinadores, atletas e estavam a tentar reerguer a modalidade, desde então fiquei sempre ligado ao Boavista Futebol Clube.

  1. O que mais o motiva a continuar ligado a esta modalidade, depois de tantos anos de dedicação?

O que mais me motiva é gostar da modalidade, perceber que no final da época, todos nós fizemos um bom trabalho e que nos dá motivos para continuar no próximo ano. Gosto das dinâmicas criadas com os Coordenadores e Treinadores do Departamento de Ginástica. Tenho um carinho enorme e um gosto em trabalhar com o Diretor do Departamento de Ginástica, o Jorge Monteiro. Todos eles facilitam o meu trabalho e assim é fácil não desistir. Mas basicamente é o gostar da modalidade, é o querer coordenar o departamento para todos os anos, tentarmos fazer melhor do que o ano anterior. Por vezes não é possível, mas com resiliência, somos fortes nisso, tentaremos levar sempre o nosso Departamento a “bom porto”.

  1. Como descreve a evolução da ginástica no Boavista desde que assumiu funções em 2007?

No ano em que entrei no Boavista, como já disse estavam praticamente a iniciar a ginástica depois da destruição do ginásio e do Pavilhão Acácio Lello. Nessa época, o Boavista perdeu os seus treinadores, os seus atletas e teve que reiniciar toda a sua estrutura nos pequenos ginásios junto ao parque de estacionamento. Desde esse tempo que toda a estrutura tentou crescer e voltar a ter ginástica no Boavista Futebol Clube. Essa evolução foi muito positiva, tivemos grandes treinadores e fomos construindo aos poucos, de ano para ano, mais disciplinas e mais classes. Mais tarde descemos para o espaço que ocupamos hoje e aos poucos fomos adaptando cada espaço às disciplinas que as utilizam. No entanto, há consciência por parte de todos que as limitações físicas do espaço impede uma melhor e rápida evolução.

  1. Numa equipa tão vasta, com cerca de 400 atletas e 30 elementos de staff, encontra mais desafios a ultrapassar ou oportunidades para evoluir?

Para nós os desafios são oportunidades de evolução. No departamento de ginástica, conhecemos as nossas fragilidades e as nossas limitações, mas de ano para ano tentamos ultrapassar esses desafios e apresentarmos as melhores condições para os nossos treinadores trabalharem e os nossos atletas terem a melhor formação possível. Dou-lhe um exemplo prático, a ginástica a cada fim de um ciclo olímpico altera ou ajusta os códigos de pontuação, que são as regras que os treinadores, atletas devem seguir para criar as suas novas rotinas e os juízes que as utilizam para pontuar essas rotinas nas competições. Essas alterações visam e reforçam a segurança dos atletas e a procura da perfeição na realização dos elementos gímnicos. Com a evolução do material de treino e das exigências competitivas, a Ginástica Rítmica passou a requerer padrões cada vez mais elevados, nomeadamente no que diz respeito à altura dos lançamentos dos aparelhos durante as provas. Ora a partir dai enfrentamos um grande obstáculo na estrutura dos nossos ginásios, pois não oferecem essa altura mínima ideal, superior a 8 metros, o que compromete significativamente a qualidade do treino. Esta limitação estrutural impede-nos de preparar adequadamente os elementos exigidos em competição, colocando-nos em desvantagem. Mas é de destacar o esforço notável dos encarregados de educação, que, de forma solidária e voluntária, têm contribuído para a atualização e melhoria das condições materiais de treino. Estes movimentos de apoio são verdadeiramente de louvar, mas não podem substituir o investimento estrutural necessário para que os nossos atletas tenham acesso a um treino mais exigente e seguro. Portanto os nossos desafios são estes, trabalhar com o que temos e tentar formar o maior número de campeões possível.

  1. Qual é a filosofia de trabalho que procura incutir aos treinadores e coordenadores que trabalham consigo no nosso Clube?

Primeiramente é o compromisso com o departamento e com o Boavista FC. Depois o respeito pelo atleta e pela sua evolução. Nos escalões mais pequenos, a competição assim também o permite, desvalorizamos a vitória, mas realçamos o processo, o empenho, o trabalho, a dedicação. Nos outros escalões procuramos, além das já referidas, a exigência, o respeito pela competição, e a procura da excelência. Com as limitações que já referimos, neste momento, o departamento de ginástica do Boavista Futebol Clube não consegue fazer frente aos restantes clubes nas divisões principais, mas a curto e médio prazo, podemos continuar a ser um clube formador. Infelizmente não temos estrutura para formar campeões nacionais em escalões mais avançados (juniores e séniores) e atletas que possam ter os mínimos e qualificarem-se para provas internacionais, por exemplo, jogos olímpicos, como no passado já tivemos. Mas podemos e somos um clube que faz uma boa formação inicial, fruto do trabalho, uma vez mais, da nossa equipa técnica. Agora nestas condições, e digo aquilo que os treinadores do departamento de ginástica não gostam de me ouvir dizer, formamos bem e haverá um momento que teremos que largar o atleta e deixá-lo ter outros “voos”, porque, neste momento, não temos a capacidade de continuar a formar esses atletas. Temos que aceitar que, para continuar a evoluir, ele poderá ter de seguir outro caminho, para estruturas que lhe ofereçam outras condições. E não há problema nenhum nisso. Aliás, se o atleta chegou lá, é também sinal que o nosso trabalho foi bem feito. Se duas atletas da rítmica este ano representaram a seleção nacional é porque o trabalho no clube foi bem feito. Cabe a nós garantir que, enquanto a atleta cá estiver, tenha uma formação de qualidade, com valores, com exigência. E é isso que continuamos a fazer todos os dias, com uma equipa técnica muito competente, dedicada e apaixonada pelo clube.

  1. Como consegue manter a motivação e o foco, não só dos atletas, mas também de toda a equipa técnica, ao longo de uma época inteira?

Manter a motivação e o foco é um dos grandes desafios de uma época para todos nós. No nosso caso acredito que tudo começa com um propósito, formar bons atletas e treinadores, desenvolver pessoas e não apenas focada nos resultados. Com os atletas tentamos desenvolver objetivos realistas e mensuráveis. Com os treinadores criamos um ambiente de confiança, valorização dos seus trabalhos e partilha de conhecimento. A ginástica é uma modalidade muito exigente focado na perfeição, mas de muita paixão. Todos os nossos treinadores e atletas têm uma enorme paixão pelo o que fazem, sendo mais fácil manter a motivação e o foco no trabalho.

  1. Que estratégias utiliza para identificar e potenciar o talento dentro de uma massa humana tão grande e diversificada?

Ora bem, talento, tenho muita dificuldade em falar de talento, se o talento for um dom inato, é determinante para a prática, ignorando o papel do esforço, trabalho, contexto social e a aprendizagem, então esse talento não existe. Se  falarmos de uma pré disposição genética ou uma aptidão natural para se realizar algo, juntamente com as premissas faladas anteriormente, isso sim, são os principais motores do desenvolvimento. Portanto nós não potenciamos talento, tentamos potenciar a disposição motora que os atletas possuem para a prática da ginástica com muito trabalho, entrega e esforço do atleta. Em termos práticos, no caso de observarmos alguma disponibilidade num atleta esses são avaliados e poderão ser encaminhados para classes competitivas. Digo que “poderão ser” se o atleta e os encarregados de educação tiverem esse interesse. Porque ser atleta de classes competitivas exige uma maior disponibilidade e compromisso com a classe, com a disciplina e com o clube. E atenção que estes princípios  direcionam-se tanto por parte dos atletas, como por parte dos encarregados de educação. Lá está, procuramos reconhecer um potencial no atleta e criar as condições favoráveis para desenvolver esse potencial, com trabalho, rigor, motivação. Se no final de percurso disserem que é talento, ok. Para nós o verdadeiro potenciador, foi o trabalho.

  1.  Como avalia o impacto que a ginástica tem tido na formação pessoal e desportiva dos jovens atletas do Boavista?

Todos os anos temos aproximadamente 500 atletas a treinar no departamento de ginástica, ficamos extremamente contentes quando acompanhamos o desenvolvimento do atleta desde, por exemplo, as classes do babygym até, muitas vezes, à idade adulta, acompanhando e tentando moldar quer a nível pessoal quer a nível desportivo. Isso mostra-nos o bom trabalho que todos os nossos intervenientes (Diretores, Coordenadores, treinadores…) fazem durante esses anos todos. Claro que não são todos, muitos deles só estão de passagem pelo departamento e pelo o clube, mas mesmo de passagem ou com muitos anos de casa, temos a consciência que fazemos de tudo para transmitir a cultura que molda a nossa sociedade e a cultura desportiva do Boavista Futebol Clube.

  1. O Boavista é um clube com uma identidade muito forte. De que forma esse ADN influencia o trabalho no departamento de ginástica?

Sem dúvida, este clube tem uma identidade muito forte. É um clube marcado pela resiliência, pela exigência, pelo espírito de luta e pela ambição. O Boavista nasceu com muito sacrifício, já passou por muitos momentos difíceis e, de certa forma, continua a enfrentá-los. Essa história acaba por influenciar diretamente a forma como trabalhamos no departamento de ginástica. Mesmo sem as condições ideais, esse espírito está presente no nosso dia a dia, faz parte do nosso ADN. Agora, é importante dizer que, para o bem e para o mal, somos um departamento dentro de um clube de futebol, como é natural, é um clube que respira futebol, que vive muito em função do futebol, e sofre quando a modalidade principal não está bem. Isso mexe com o ambiente, com a dinâmica interna, e até com as prioridades do clube. Mas apesar disso, nós mantemos o foco no nosso trabalho, com a noção clara da nossa missão enquanto espaço de formação e desportivo. Ano após ano, não precisamos de fazer captações para ter novos atletas. O nome Boavista continua a ter peso, a imagem é forte, temos um passado marcante dentro da modalidade, estamos bem localizados e os resultados demonstram a importância do trabalho das disciplinas e dos treinadores. São fruto de um trabalho diário, sério e muito comprometido, por parte de toda a equipa. No fundo, nós trabalhamos com aquilo que temos, mas com tudo o que somos. E isso, para nós, é o mais importante.

  1. Quais considera terem sido os maiores marcos ou conquistas do departamento de ginástica durante o seu percurso no clube?

Bem, ao longo do meu percurso como Coordenador Técnico no Departamento de Ginástica, acho que os maiores marcos não se resumem apenas aos resultados competitivos, embora também os tenhamos. Claro que é sempre bom vermos atletas a subir ao pódio, a representar o clube em campeonatos nacionais ou a serem convocados para estágios, seleções nacionais e representarem Portugal em provas de prestigio como por exemplo Jogos Mundiais Universitários, isto valida todo o trabalho técnico realizado neste departamento. Mas, para nós, as grandes conquistas vão além disso, um dos aspetos de que mais nos orgulhamos, é de termos conseguido transmitir os valores do Boavista Futebol Clube no nosso dia a dia: o respeito, a exigência, o compromisso e o trabalho em equipa. Procuramos que cada atleta compreenda o que é vestir esta camisola, o que significa representar este símbolo, dentro e fora do ginásio. Ao mesmo tempo, temos trabalhado muito para criar uma cultura de conhecimentos e respeito pelas hierarquias do departamento e do clube. Cada um sabe o seu papel, mas também sabe que faz parte de uma equipa, onde todos têm voz, mas também responsabilidade. Outro ponto importante tem sido a capacidade de colocar todo o departamento a trabalhar como equipa — treinadores, coordenadores, todos a remar na mesma direção. Neste momento lutamos menos por ilhas isoladas e valorizamos o todo. Começamos a perceber que o sucesso daquela disciplina é o sucesso de todos. Há partilha, há comunicação e há um verdadeiro espírito de ajuda. Isto não se conquista de um dia para o outro, é fruto de muitas reuniões, conversas e construção conjunta. Portanto, para nós, os pódios são importantes, mas o que realmente marca o nosso percurso é esta capacidade de formar pessoas, manter a identidade do clube e fazer da ginástica um espaço de crescimento coletivo, onde todos se sintam parte deste clube.

  1. Como vê a evolução da ginástica a nível nacional e que papel gostaria que o Boavista desempenhasse nesse panorama?

A ginástica, a nível nacional, tem evoluído bastante nos últimos anos. Há uma aumento significativo na qualidade técnica dos atletas, criação  de mais clubes, modernização das estruturas, mais treinadores qualificados e também uma maior presença internacional, com ginastas portugueses a destacarem-se em competições internacionais. Há clubes com projetos muito sólidos, com investimento sério e com condições que há uns anos seriam impensáveis. E isso é ótimo para a modalidade. No entanto, a ginástica ainda enfrenta muitos desafios, nomeadamente no acesso a infraestruturas adequadas, no financiamento e no apoio à formação contínua dos treinadores. É preciso continuar a trabalhar para que a modalidade cresça ainda mais. Relativamente ao papel do Boavista, acredito que devemos continuar a afirmar-nos como um clube formador de referência. Sabemos que, neste momento, não temos condições para competir diretamente com as maiores equipas nacionais em termos de estrutura ou meios. Mas temos algo que nos diferencia, identidade, história, e uma cultura de trabalho que valoriza a formação com qualidade e valores. Gostávamos que o Boavista fosse reconhecido como um espaço onde se formam atletas, bem preparados, com atitude, com base técnica forte e com bons princípios. E, quem sabe, que sejamos também uma ponte para que alguns desses atletas possam chegar mais longe, inclusivamente a clubes com mais recursos ou a seleções nacionais. O nosso papel pode não ser o de estar sempre no topo do pódio, mas o de ser uma base sólida na estrutura da ginástica nacional, contribuindo com qualidade, ética e compromisso para o crescimento da modalidade.

  1. Que projetos ou mudanças tem em mente para implementar na próxima época, com vista a melhorar ainda mais a qualidade do trabalho desenvolvido?

Ao olhar para a próxima época, temos uma postura de paciência e de expectativa, sabemos que há iniciativas em curso no Boavista e que está a atravessar um período de mudança e de reestruturação que poderão influenciar o nosso trabalho no Departamento de Ginástica, assim aguardamos com atenção o seu desfecho. Enquanto isso, o foco continua a ser melhorar o que está ao nosso alcance. Para a próxima época, teremos pequenas mudanças operacionais e estratégicas que podem fazer a diferença no trabalho diário, como por exemplo, trabalharmos a formação interna da equipa técnica… Claro que, como Coordenador Técnico, gostava de conseguir planear a próxima época com uma visão mais alargada, com garantias de investimento ou de melhorias nas condições de treino. Mas sabemos que o contexto atual exige prudência e realismo. Naturalmente, muito destas perspetivas dependem do desenvolvimento dos planos estratégicos do clube. Por isso, estamos atentos, esperamos com paciência e com confiança de que a próxima época possa trazer melhorias concretas que nos permitam elevar ainda mais a qualidade do que já fazemos hoje.

  1. A nível pessoal, o que mais ambiciona ainda alcançar enquanto Diretor Técnico desta modalidade?

Naturalmente, ambiciono melhorar as condições de treino, conseguir que a ginástica tenha mais espaço físico, mais reconhecimento e mais investimento dentro da estrutura do clube. Sei que nem tudo depende de nós, mas quero continuar a lutar nesse sentido, a mostrar que a ginástica merece esse lugar e que pode contribuir muito para prestigiar o Boavista. Gostava de olhar para trás, daqui a uns anos, e sentir que ajudamos a estruturar um departamento forte, com uma equipa técnica valorizada, com  competência, com identidade, e onde os atletas, independentemente do nível que alcancem, tenham vivido uma experiência de crescimento real, enquanto atletas e enquanto cidadãos. Acima de tudo, quero continuar a sentir orgulho no trabalho que fazemos. Manter a motivação, o espírito de equipa, e continuar a aprender todos os dias com todos, com os atletas e com os desafios que a modalidade nos coloca. Se conseguir isso e contribuir para que a ginástica do Boavista seja cada vez mais respeitada dentro e fora do clube, então sentirei que cumprimos a nossa missão.

  1. Como gere as expectativas dos pais, dos atletas e da direção, assegurando um equilíbrio entre resultados, formação e bem-estar?

A gestão de expectativas é, provavelmente, um dos maiores desafios no nosso dia a dia e este ano, particularmente, foi uma prova disso mesmo. Vivemos uma época, que até começou bem, mas que terminou com muita incerteza a nível institucional, com mudanças constantes, falta de informação clara, dificuldades operacionais e notícias internas a circular, que muitas vezes não correspondiam à realidade sentida no terreno. Tudo isso gera naturalmente ansiedade nos encarregados de educação, nos atletas, na equipa técnica e na própria equipa de gestão. Nestas situações, o mais importante é sempre dizer a verdade e a proximidade com todas as partes. Explicamos e transmitimos a todos que todos os constrangimentos não eram fruto de uma má gestão do Departamento de Ginástica, éramos só resultado de “um dano colateral”. Quanto à direção, sabemos que também esteve a lidar com um ano difícil. A nossa postura tem sido de lealdade à instituição, mas também de firmeza, partilhamos as dificuldades reais, procuramos soluções e insistimos que o departamento de ginástica, é um setor que merece mais atenção e investimento. A nossa responsabilidade é defender os interesses do departamento, mas sempre com espírito construtivo. No fundo, tivemos a preocupação em manter o equilíbrio entre resultados, formação e bem-estar. Apesar de tudo, estamos a fazer um enorme esforço para dar a volta, com a mesma dedicação.

  1. Por fim, que mensagem gostaria de deixar a quem faz parte desta grande “família” da ginástica do Boavista, para a próxima época?

Acima de tudo, quero deixar uma palavra de agradecimento profundo. Este ano não foi fácil para ninguém, mas, mesmo assim, conseguimos manter-nos de pé, unidos e com o foco naquilo que mais importa que são os nossos atletas. A quem esteve connosco treinadores, atletas, encarregados de educação e direção o nosso muito obrigado. É nas dificuldades que se vê quem está mesmo por dentro e quem veste a camisola. E nós vestimos a camisola do Boavista todos os dias, com orgulho. Para a próxima época, a mensagem que quero deixar é simples, vamos continuar, com a mesma paixão, com a mesma entrega, e com a esperança de que as coisas vão melhorar, porque estamos aqui para trabalhar todos os dias para isso. Queremos continuar a ser um espaço onde os atletas crescem, aprendem a superar-se e a respeitar todo processo. Vamos continuar a lutar pelas melhores condições possíveis, mas nunca vamos nos desculpar que a falta de meios nos impeça de dar o nosso melhor. Acreditamos neste projeto, nesta equipa e nesta modalidade. O Boavista, com tudo o que representa, merece essa luta. Esperamos contar com todos e estaremos a trabalhar para os nossos atletas, para o nosso departamento de ginástica e para o nosso clube.

Eduardo Queiroz, Obrigado

Vamos Pantera!

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